Desde o dia 9 de abril até 17 de junho de 2024 o Espaço de Poéticas da FaE/UFMG recebeu a exposição COR AMBIENTAL da artista e pesquisadora carioca Paloma Carvalho. A exposição permaneceu aberta à visitação durante todo o período de greve da UFMG e ainda por mais uma semana após o retorno das aulas.
Na exposição destacaram-se duas longas telas fachadeiras pintadas à mão como estímulo à percepção da luz e do espaço pelo público. O trabalho debateu a teoria das cores, provocando os sentidos com as somas das cores sobre suportes translúcidos, integrando pintura e arquitetura numa composição que se destacou pela leveza e elegância das formas na cor, que, sutilmente, interagiram com a mudança da luminosidade do ambiente e com a posição do espectador em relação às obras na galeria.
Segundo a artista, sua pesquisa poética propõe o desenvolvimento de exercícios de instalação que exploram a relação entre luz e espaço em diferentes edificações. Seu objetivo é adicionar elementos dinâmicos, que variam com a luz e com o vento, em estruturas que estimulem o exercício do olhar, para debater e dialogar com o que está posto. A intenção original de transparência é conquistada com elementos vazados por onde corre a luz.
A produção da artista Paloma Carvalho dialoga com a Op Art e com a geração de artistas dos anos 1960 que buscaram expandir os limites da pintura para além do quadro e o espaço da galeria, a exemplo do brasileiro Hélio Oiticica e do norte americano Donald Judd. Buscando superar o carácter representativo, ilusório e simbólico da pintura, Judd pesquisou a tridimensionalidade da escultura e a relação que os objetos estabelecem com o espaço e com o solo. Nos seus trabalhos, que resultam de uma radical simplificação dos materiais e das cores, o artista pretendeu acentuar as qualidades físicas e plásticas, sem imitar ou expressar nada além da realidade física e sensível das formas. Já Oiticica, com seus penetráveis, bólides e parangolés, apresentou novas possibilidades de suportes para a cor, percorrendo desde a arquitetura até o corpo.
Paloma Carvalho vive e trabalha no RJ, é Artista e em sua pesquisa explora a plasticidade da cor em diversos meios (tintas, luz, materiais, fotografia) pelo conhecimento que integra prática e teoria em diversos meios, filosofia e técnica. É Professora adjunta do Instituto de Artes da UERJ, onde atualmente é coordenadora adjunta do Programa de Pós-Graduação em Artes – PPGARTES. A curadoria da exposição COR AMBIENTAL foi da, coordenadora do Espaço de Poéticas, Daniele de Sá Alves.
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