Em meio à crise que se abate sobre o país e, especialmente, sobre as universidades públicas devido aos sucessivos cortes de verbas efetuados pelo Governo Federal, é com alegria que informamos que os Programas de Pós-Graduação da FaE mantiveram suas notas na avaliação relativa ao quadriênio 2017-2020 realizada pela Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior-CAPES, órgão ligado ao MEC e responsável pela avaliação de todos os Programas de Pós Graduação do  país.

O Programa de Pós Graduação Profissional, o Promestre, manteve a nota 4 numa escala que vai até 5, o que o reconhece como um Programa dentre os melhores do Brasil. Já o O programa de Pós-Graduação Acadêmico, o PPGE – Conhecimento e Inclusão Social em Educação, manteve a nota 7, pontuação máxima na avaliação, que indica que o programa tem grande impacto social e acadêmico e inserção nacional e internacional.

Segundo a professora Teresinha Fumi Kasawaki, Coordenadora do Programa Profissional, “o Promestre manteve sua nota 4 (numa escala cuja nota máxima é 5). A manutenção da nota em um contexto difícil como aquele que temos vivido reforça a importância do Programa tanto interna quanto externamente.”

Também  a Coordenadora do Promestre no biênio 2018-2020 e atual sub-coordenadora, professora Maria Amália de A. Cunha avalia que o Programa “acumula experiências exitosas desde 2014, quando foi criado. A manutenção da nota 4 credencia o Programa a se debruçar sobre a viabilidade de se pensar na criação de um Doutorado Profissional a curto ou médio prazo.”

Para a atual Coordenadora do PPGE, professora Rosimar Oliveira, “a nota 7 reflete o destaque nacional e internacional do nosso programa, que conta com doze linhas de pesquisa, mais de cem professores e cerca de quatrocentos alunos. A nota máxima obtida no âmbito do Sistema Nacional de Avaliação da Pós-Graduação reafirma que a inclusão social, a diversidade, a internacionalização e a qualidade da oferta do ensino público são possíveis em escola ampliada, garantido conhecimento e inclusão social para todos”.

A professora Maria de Fátima Cardoso Gomes, coordenadora do PPGE no biênio 2016-2018, “manter a nota 7 é sinal de respeito e reconhecimento ao nosso trabalho coletivo, ao nosso trabalho de inclusão dos diferentes alunos na pós-graduação sejam eles  pessoas com deficiência, indígenas, negras e, mais do que isso, com as pessoas pobres desse país que precisam ter as mesmas oportunidades de ensino, desenvolvimento e aprendizagem. Essa nota é fruto de uma história coletiva do Programa.”

Já a professora Andrea Moreno, ex-Coordenadora do PPGE e, hoje, Diretora da FaE, avalia  que “manter as notas dos Programas é motivo de orgulho para toda a FaE, que não tem poupado esforços para unir a excelência acadêmica com a inclusão social. Ações afirmativas, diálogo com os países latino-americanos, inclusão de indígenas, pessoas com deficiência, cotas para negros,  professoras/es da educação básica e a investigação de temas importantes e emergentes para a Educação, são alguns dos pontos muito fortes de nossos Programas.”

A avaliação da CAPES

A  CAPES realiza, a cada quatro anos uma avaliação de todos os Programas de Pós Graduação do país. São milhares de Programas distribuídos em meia centena de áreas de conhecimentos.  A avaliação de cada área é realizada, num primeiro momento, por uma Comissão de Especialistas  indicada pela própria área e, depois, tal avaliação é confirmada, ou não, por especialistas de outras áreas do conhecimento.

A avaliação relativa ao quadriênio 2017-2020 foi objeto de uma disputa judicial que resultou no atraso na publicação de seus resultados em razão de uma decisão da justiça federal do Rio de Janeiro. Para a liberação dos resultados a CAPES teve que assinar um acordo com o Ministério Pública para sanar problemas que, eventualmente, prejudicassem a avaliação dos Programas.

Os resultados da avaliação da CAPES são importantes porque significam o reconhecimento dos pontos fortes e fracos dos Programas e, sobretudo, por ser utilizada como principal critério para distribuição de verbas para os mesmos. Isso no que diz respeito aos Programas Acadêmicos já que os Programas Profissionais em Educação não contam com apoio da CAPES.

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